A América Central para além do pós-conflito: um laboratório de contemporaneidade (vol. XVI no. 2)

2024-02-05

Coordenadores:

Andrea Freddi, Universidad de Los Lagos (andrea.freddi@ulagos.cl)

Paolo Grassi, Universidade de Milão Bicocca (paolo.grassi@unimib.it)

Idiomas aceitos: Espanhol, Português, Italiano, Inglês

Prazo para apresentação de propostas: 31 de julho de 2024

 

Na atual América Central, em países como El Salvador, Nicarágua e Guatemala, temos assistido nos últimos anos a viragens autoritárias levadas a cabo através da perseguição da imprensa e da oposição, da cooptação do sistema judicial, da detenção arbitrária, da suspensão dos direitos processuais e de violações sistemáticas dos direitos humanos. Tudo isto encerrou a era pós-conflito na América Central, um parêntesis caracterizado por sistemas de governo baseados numa frágil abertura democrática, em políticas económicas neoliberais e na ajuda humanitária internacional. Tal como aconteceu nos anos 80, por ocasião das guerras civis, é importante que as ciências sociais, em diálogo com as expressões artísticas e literárias, tomem consciência a tempo do carácter epocal destas transformações e, graças à sua presença no terreno, possam mostrar-nos as dinâmicas internas, realçando as percepções locais e desmontando as interpretações estereotipadas.

No entanto, para além do dever testemunhal de narrar uma circunstância histórica dramática, a América Central merece uma atenção especial porque as dinâmicas em ação transcendem o contexto específico. Neste sentido, consideramos que a realidade centro-americana é paradigmática da atual condição de crise e consegue evidenciar, por vezes de forma exasperante, as contradições mais amargas, os contrastes mais agudos, os efeitos mais devastadores das políticas neoliberais, os conflitos em torno dos recursos ambientais, os processos de urbanização, a financeirização da vida quotidiana, o desenvolvimento de dispositivos repressivos e as viragens autoritárias de muitos governos do Sul e do Norte global. Deste ponto de vista, acreditamos que a "margem centro-americana" nos incita a aplicar, hoje mais do que nunca, uma perspetiva descolonial, desafiando assim a hegemonia cultural ocidental.

Propomos, por isso, um dossier "exploratório", de pendor areal, que nos permite refletir sobre a realidade da América Central hoje, combinando experimentalmente contributos capazes de sondar algumas das dinâmicas descritas, ou a sua intersecção, a partir de perspectivas qualitativas, mistas e do diálogo entre disciplinas sociais e humanísticas. Gostaríamos de olhar para a América Central como um laboratório da contemporaneidade, em vez de a hipostasiar em representações essencializantes e, portanto, parciais.

Recolhemos contribuições sobre os seguintes temas:

- Novos autoritarismos centro-americanos e formas conexas de soberania e governação locais e transnacionais;

- Velhas e novas elites: do latifúndio ao tráfico de droga e à maquinaria do desenvolvimento internacional;

- Políticas e dinâmicas migratórias: fronteiras, constrangimentos e subjectividades;

- O continuum da violência centro-americana, entre grupos de rua, gangs e carências sistémicas;

- Reconfiguração dos papéis de género: intersecções, normatividade e dissidência;

- Povos indígenas para além do modelo multicultural;

- Conflitos socio-ambientais entre extractivismo e conservação;

- Novas formas de urbanidade e urbanização;

- Expressões artísticas visuais e literárias sobre conflitos actuais.

Os artigos devem ser submetidos, juntamente com um resumo de não mais de 600 caracteres (em inglês e no idioma do artigo) com 5 palavras-chave, e devem ser carregados através da plataforma OJS da Revista Confluenze. Os artigos devem seguir as diretrizes de estilo presentes no website da revista.

Não serão aceitos textos que não respeitem as normas tipográficas da revista.

 

Normas Editoriais

Página e texto:

A revista inclui 4 seções: Seção Monográfica, Miscelânea, Panoramas, Recensões. Em virtude dos conteúdos e do tamanho do texto a Redação e os Referees escolherão a seção onde o texto será publicado.

Margens:  3 cm

Tabulação: 1,27 

Fonte: Palatino Linotype

Título do artigo: em negrito, 18, centralizado

Autor e Instituição: alinhado à direita, 12

Corpo do texto: Palatino Linotype 12

Espaçamento de linhas: simples

Título dos parágrafos: negrito 12

Subtítulos: negrito, itálico 12

Notas: somente explicativas, palatino 10, texto justificado, em rodapé, número da nota antes do ponto. (assim[1]. NUNCA assim.[2]). Sem espaço entre a palavra e a chamada da nota e entre a chamada da nota e o sinal de pontuação.

Resumo: máximo 600 caracteres (incluindo espaços), na língua do artigo e em inglês.

Palavras-chave: cinco palavras-chave nas duas línguas do resumo.

Orações intercaladas: devem ser assinaladas com travessão (NUNCA hífen), separado por um espaço antes e depois:

 – mmkndbv nijcnbv –

e NUNCA

- mmkndbv nijcnbv -

Fotos: deverão estar incluídas no texto, sendo numeradas e com o título explicativo à margem. Não existe restrição quanto ao número, porém cada uma não deve ultrapassar os 300 KB.

 

Citações:

Se a citação for menor de 3 linhas, manter no corpo do texto, colocando entre aspas (“…”).

Se for maior, separar do corpo do texto com um espaço antes e um depois, alinhando à esquerda, com um recuo de 1,27, utilizando como fonte palatino 11.

Se houver trechos omissos na citação devem ser colocadas as reticências entre colchetes:

[…]

e NUNCA

(…)

 

Referências bibliográficas:

As referências bibliográficas devem seguir o sistema de Autor-Ano de The Chicago Manual of Style

(https://www.chicagomanualofstyle.org/tools_citationguide/citation-guide-2.html). No corpo do artigo devem ser indicados o autor e o ano; em citações textuais, autor, ano e número de página:

Exemplo: (Eco 2007)

(Eco 2007, 122)

Quando se cita o mesmo livro citado anteriormente, mas referindo-se a uma página diferente, coloque-se: (ivi, p. 23)

Quando se cita o mesmo livro citado anteriormente referindo-se à mesma página coloque-se: (ibidem)

A referência bibliográfica deve ser colocada antes do ponto final:

mnccciueufbb mdm (Eco 2007, 122). SIM

mnccciueufbb mdm. (Eco 2007, 122) NÃO

 

Bibliografia:

Na bibliografia final devem constar apenas os textos citados ou mencionados no texto do artigo.

A bibliografia deve ser elaborada de acordo com as indicações de The Chicago Manual of Style. A seguir, referimos apenas alguns exemplos, não exaustivos, de redação baseados neste manual:

Livros e monografias:

Sobrenome, Nome. Ano. Título do livro. Lugar da publicação: Editora.

Ex.: Rostworowski, María. 2007. Estructuras andinas del poder. Ideología religiosa y política. Lima: IEP.

Livros coletivos ou coletâneas:

Sobrenome, Nome (org.). Ano. Título do livro. Lugar da publicação: Editora.

Ex.: Degregori, Carlos Iván, ed. 2000. No hay país más diverso. Compendio de Antropología Peruana. Lima: IEP.

Artigos em livros coletivos ou coletâneas:

Sobrenome, Nome. Ano. “Título do artigo”. In Título do livro, organizado por Nome Sobrenome, páginas. Lugar da publicação: Editora.

Ex.: Fell, Eve Marie. 1999. “La pluma y la aguja. Familia, mujer y educación en el Perú de fines del siglo XIX”. In Familia y educación en Iberoamérica, organizado por Pilar Gonzalbo Aizpuru, 249-266. México: El Colegio de México.

Artigo em Revista:

Sobrenome, Nome. Ano. “Título do artigo”. Nome da Revista Número do Volume (número do fascículo): páginas. DOI (se tiver).

Ex.: Scarzalella, Eugenia. 2011. “Ricordi di famiglia. L’antifascismo dei padri immigrati e la militanza rivoluzionaria dei figli (Uruguay 1930-1980)”. Confuenze. Rivista di Studi Iberoamericani 3(1): 83-94. https://doi.org/10.6092/issn.2036-0967/2201

Artigo em periódico:

Sobrenome, Nome. Ano. “Título do artigo”. Nome do Periódico, data. Página web (se tiver).

Ex.: Luján, Esthéfany. 2020. “El suplicio de estudiantes de comunidades indígenas y rurales que luchan por estudiar a distancia en institutos”. La República, 05/11/2020. https://larepublica.pe/sociedad/2020/11/05/el-suplicio-de-estudiantes-de-comunidades-indigenas-y-rurales-que-luchan-por-estudiar-a-distancia-en-institutos/

Página web:

Sobrenome, Nome. Ano. “Título do artigo ou da página web”. Página web.

Ex.: ALA. 2019. “Comisión Directiva de ALA rechaza el golpe de estado en Bolivia”. http://asociacionlatinoamericanadeantropologia.net/index.php/zoo/109-comision-directiva-de-ala-rechaza-el-golpe-de-estado-en-bolivia

Todos os casos não referidos neste documento, bem como mais indicações e detalhes, deverão ser consultados na página web de The Chicago Manual of Style:

https://www.chicagomanualofstyle.org/tools_citationguide/citation-guide-2.html

 

Autores com mais de uma obra

Para autores com mais de uma obra, sobrenome e nome são colocados somente a primeira vez. As outras obras serão precedidas por três faixas altas e longas como no exemplo:

Campos, Augusto de. 1974. O Balanço da Bossa. São Paulo: Perspectiva.

———. 1976. “Revistas re-vistas: os antropófagos.” In Poesia, antipoesia, antropofagia, ed. Augusto de Campos, 107-124. São Paulo: Cortez e Morães.

 

Informações sobre os autores: Em um arquivo separado enviar breve CV (máximo 5 linhas) do autor e e-mail.