Paisagem, historicidade e ambiente: as várias naturezas da natureza
DOI:
https://doi.org/10.6092/issn.2036-0967/1420Abstract
This article analyzes, from a hermeneutic perspective, the historical production of meanings about the nature and the environment in order to think what could be called an environmental tradition in the context of modernity in the West. This tradition refers to a long duration history of the senses of the environment which are located within the (re) interpretations of contemporaneity and from where one (re) construct the meanings of the actual experience of nature and the environment. In this environmental tradition is possible to detach: enlightened understanding of nature controlled by reason, the vision of the idyllic pastoral; the english naturalism of the seventeenth century; the new bourgeois sensibilities of the eighteenth century; the european romanticism of the XVIII-XIX centuries; the imaginary about America like a Eden. Go along with to these different historical landscapes evoke different kinds of nature as fields of meaning, memories and experiences that are constantly renegotiated in contemporary modes of experiencing the environment. This is the case of the ecological movement and its intersections with the counterculture and new left movements. By drawing this line of analysis the article highlights the elements of a historicity that is (re) update in permanent renegotiation of meanings in contemporary experience. Este artigo tematiza, desde uma perspectiva hermenêutica, cursos históricos de produção de sentidos sobre a natureza e o ambiente significativos para pensar o que se poderia chamar uma tradição ambiental no âmbito da modernidade no Ocidente. Esta tradição remete à uma história de longa duração dos sentidos do ambiental dentro da qual se localizam as (re)interpretações contemporâneas e a partir de onde se (re) constroem os sentidos atuais da experiência da natureza e do ambiente. Destacam-se nesta tradição ambiental a compreensão iluminista de uma natureza controlada pela razão, a visão pastoral idílica do naturalismo inglês do século XVII; as novas sensibilidades burguesas do século XVIII; o romantismo europeu dos séculos. XVIII-XIX; e o imaginário edênico sobre a América. Ao percorrer estas diversas paisagens históricas são evocadas as várias naturezas da natureza enquanto campos de sentido, memórias e experiências que são renegociadas permanentemente nos modos contemporâneos de experienciar o ambiente. Este é o caso dos movimentos ecológicos e suas intersecções com os movimentos contraculturais e a nova esquerda. Ao traçar esta linha de análise o artigo destaca os elemento de uma historicidade que se (re)atualiza em permanente renegociação de sentidos na experiência contemporânea.Downloads
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